sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A visita


Segundo J.K., existem 3 grandes escolas no mundo bruxo, uma delas é o Instituto Durmstrang, que tudo indica, estar localizado na gélida Bulgária. Claro que para um jovem morador de uma pseudo vila no interior da Russia, a probabilidade de se entrar para o Instituto seria quase zero se esse jovem não fosse Salazar Servolo e se o Diretor não fosse Igor Karkaroff. Me lembrei agora que tenho que explicar porque o nome de Salazar é Servolo e não Riddle, mas faço isso depois.
Enfim, o Diretor de Durms (Durmstrang é muito grande) era um “ex-comensal” e “cuidaria” do filho de seu mestre.  Também outra coisa que nunca tinha pensado, foi quem seria quem à procurar quem. (Confuso?) Se foi Stella que foi atrás de Igor ou se foi Igor que foi atrás de Salazar. Imagino que poucos comensais sabiam que Tom tinha um filho, apenas os mais chegados e que possivelmente Igor seria um deles, não porque Igor era tão bom quanto Snape ou tão devoto quando Bella, mas porque Igor simplesmente era um homem muito influente e Tom era um bom político. Suspeito que, e se não foi agora é, que Igor procurou Stella em uma manhã, pessoalmente, na casa de Savena.
“Toc – Toc”. Savena abriu a porta da casa muito mais ou menos, colocando só a cabeça para fora, quando viu aquele homem imponente esperando, usando seu casaco de general e aquele chapéu búlgaro na cabeça, mal se importando com o frio e com a neve que se acumulava na sua barbixinha pontuda.  – Pois não? – Perguntou Savena olhando o homem de cima a baixo e reparando no brasão do Instituto Durmstrang bordado no peito.
- Vim ao encontro de Stella. – Tá, claro que ele falou o sobrenome dela! Mas se eu não tinha nem pensado no nome, eu não pensei no sobrenome e não vou pensar! (Revoltei).
- Quem deseja? – Savena continuava o olhando o sujeito com um certo estranhamento e nem parecia perceber o quão mal educada estava sendo.
- Igor Karkaroff, diretor do Instituto de Magia Durmstrang. – Respondeu o homem ainda esperando pacientemente.
- E o que o Senhor “Igor Karkaroff” quer com... – Mas foi interrompida em suas especulações quando Stella terminou de abrir a porta para olhar o homem com um certo assombro.
- Senhor Karkaroff, entre, por favor, perdoe os modos de minha irmã... – Pediu Stella afastando Savena com um pano de chão e abrindo a porta mais e mais para o homem passar. Savena revirou os olhos e caminhou para cozinha, mas continuaria escutando a conversa, afinal, podia ser problemas, não?
Igor entrou na casa e após o convite, se sentou na poltrona velha e cruzou as pernas de modo masculino, observando Stella. – Quanto tempo. – Disse ele a olhando sem muita emoção. – Está mais bonita. – Stella corou profundamente e sorriu amarelo para Igor, ele não estava não mais bonita, mas mesmo assim gostava de um elogio.
- Obrigada, a que devo o prazer da nobre visita? – Perguntou parecendo empolgada, talvez tivesse chegado finalmente a hora, talvez fosse a hora de Lorde Voldemort voltar!
- Vim conversar sobre a educação de seu filho, Salazar Servolo. – Respondeu Igor sem muito entusiasmo enquanto analisava o comportamento de Stella, que pareceu comer algo ruim, mas segurado para não dar na vista. “Educação de Salazar?” Que merda era aquela?! Salazar não precisava de educação! Ele não teria futuro! Será que queriam excluir ela dos planos? Coçou a garganta e se sentou melhor na outra poltrona enquanto dizia de modo polido.
- Creio que deve haver algum engano. Salazar nunca foi gerado para ter uma boa educação, o senhor sabe disso.
- Ah, sim, sei. – Igor coçou a garganta e olhou em volta, incomodado com o rumo da conversa, mas manteve o tom casual. – Mas os tempos mudaram, ninguém recebeu novas ordens dele e não sabemos o que fazer para seguir o plano, então o que nos cabe é preparar Salazar para assumir o lugar do pai. – Olhou Stella de modo incisivo, não queria mais conversar sobre aquilo e era melhor terminarem por ali.
- Claro. – Respondeu a mulher entendendo o olhar do diretor e fechando o rosto para ele. Não era isso que ela tinha planejado, tinham mudado os planos e não falaram absolutamente nada para ela. Stella sorriu repentinamente e perguntou solicita. – Deseja ver o menino?
- Adoraria.
- SALAAAAAZAAAAAR! – Igor levou um susto com o berro que Stella deu e logo se ouviu um baixo “Já vou” vindo de outro cômodo. Stella sorriu para Igor enquanto a porta atrás dela se abria e por ela passava um menino de tamanho mediando, pele clara, olhos prateados, cabelos penteados e castanhos claros, usando roupas simples de frio, nada chamativas. Ele caminhou até a poltrona ao lado da mãe e fitou Igor em silencio. – Este é meu filho, Salazar Servolo.
- É um prazer conhecê-lo, Salazar. – Cumprimentou Igor observando o menino e perguntou. – Gosta de magias?
- Gosto. – Respondeu ele ainda encarando o homem. Ele também reparou o brasão do instituto no peito de Igor, soube na hora quem era e sabia que talvez ele estivesse ali para chamar Salazar, afinal, estava na hora, ele faria 11 anos no final no ano.
- Já fez alguma magia alguma vez? – Perguntou interessado no menino, que prontamente assentiu e respondeu.
- Sempre faço. – Então ele enfiou a mão no bolso da calça, enquanto se podia ver o peito de Stella se estufar de orgulho, e tirou uma pequena serpente. – Presente de minha mãe. – Disse Salazar mostrando a cobrinha à Igor, que se enrolava em sua mão. Então Salazar começou a falar uma língua estranha, arrastada, sibilada que arrepiava os cabelos da nuca de tão macabra que era, e a cobra começou a dançar na mão do menino, encarando Igor, completamente hipinotizada. Igor observou a cobra com um certo assombro, a ultima vez que tinha ouvido aquela língua havia sido da boca de seu mestre. Salazar então pegou a serpentinha e devolveu ao bolso da calça e disse tranquilo. – Outra vez fiz essas duas poltronas arrastarem.
- Impressionante. – Disse Igor de modo arranhado e se levantou. – Suspeito que gostaria de Estudar no Instituto de Magia de Durmstrang, não gostaria?
- Sim, gostaria. – Respondeu na hora observando o homem que se levantava.
- Pois então, receberá uma encomenda ainda essa semana. – Igor não sorriu, apenas se virou para Stella e disse para ela. – Madarei um de meus homens buscar seu filho no final do mês.  
Então Stella o levou até a porta e Salazar passou a semana inteira pensando na tal encomenda... O que seria?

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Nasce o Herdeiro

Duas semanas depois da chegada de Stella à casa de Savena na Rússia, o inverno ainda era forte, na verdade, era sempre forte no alto daquele planalto onde ficava a casa, sempre muita neve. Stella entrou em trabalho de parto e apenas com ajuda da irmã, Salazar veio ao mundo. Lindo (tirando aquele sangue todo, eca), um bebezinho de pele bem clarinha e olhos tão cinzas quantos os da tia e da mãe, pouquíssimos cabelos loiríssimos (que ficariam castanhos mais tarde) e quase não chorou. Ele era quieto, quieto demais, não dava trabalho nenhum e até era prejudicado por isso. Bebês choram para chamar a atenção dos pais para suas necessidades, ele raramente fazia isso, dormia muito, não reclamava, falava pouco. Extremamente amável e doce.
Você precisa imaginar como foi crescer naquele lugar, em um lugar de sete casas, em uma casa de dois quartos extremamente mal cuidada, sem nenhuma criança e de pessoas muito frias, assim como o clima. Não existia absolutamente nenhum glamour, Salazar não era príncipe, não era divertido, nem era uma criança querida, os adultos de lá não sabiam amar crianças muito bem. Ele não tinha brinquedos, não tinha amigos, não tinha ninguém dizendo a ele quem ele era. A primeira vez que ele viu uma criança na vida tinha 5 anos de idade. Quase nunca via ninguém sorrindo, contando piadas adequadas. Algumas vezes os bruxos adultos se reuniam em suas casas para beber vodka e cantar musicas russas e piadas, eram risadas velhas, de homens barbados, mulheres mal cuidadas, piadas obscenas, não era o lugar certo para uma criança. O mundo de fora existia, mas só em jornais, a escola existia, mas não era pra ele, ele aprendia tudo com um dos seis vizinhos de Savena, um velho fedorento. Salazar nunca foi criança, ele realmente não teve infância e por não ter infância, nunca sentiria falta dela.
Ele também se tornou muito seco e muito frio, quase nunca sorria, não porque não se sentia feliz nunca, mas porque não aprendeu, não era acostumado com aquelas manifestações, era como se sorrir fosse algo que acontecia estranhamente nele e sorrir e rir era algo que ele tinha dificuldade em fazer, achava mesmo difícil e nunca saia natural. Tinha inclusive vergonha da sua risada, porque sua risada (de criança) era diferente da risada dos outros (velhos adultos). Ele era diferente de tudo que já tinha visto e continuava sendo assim.
Por incrível que pareça, ele era uma criança extremamente educada e prestativa, nada arrogante e nada maléfico como poderiam pensar. Não, Salazar não era mau. Aqueles que gostariam que fosse, sinto muito, mas não era. Deve ser broxante para alguns, devem se perguntar “porra Raquel, com o filho do Voldemort na mão, tu me faz o cara bom?”. É. Fiz e faço. Salazar era bom e apesar a “infância” peculiar, não tinha motivos para ser mau. Ninguém fazia mal à ele. Uns tapinhas ou outros da mãe não faz ninguém virar um bruxo das trevas. Todos conversavam com ele como um adulto sem grandes mimos, o que pode ser frustrante para criança, que por natureza é egocêntrica e exige atenção, mas por mais que fosse frustrante, ele não questionava aquela realidade, porque não conhecia outra.
E foi com cinco anos, e aí com a história porque acho interessante, que ele viu uma criança pela primeira vez. Stella precisava ir no Ministério entregar alguns documentos de Salazar e resolveu levar o filho junto. Foi a primeira vez de muitas coisas. Foi a primeira vez que saiu da vila, foi a primeira vez que aparatou, foi um puta susto.
Ele aparatou em Moscou, em um banheiro publico e logo arregalou os olhos com aquela luz estranha que vinha da lâmpada, aquele material claro, azulejo? Aquela privada era estranha, era tudo estranho, mal teve tempo de se manifestar quando sua mãe lhe puxou pela mão e foram saindo. Arregalou mais ainda os olhos como se fosse possível, era uma lanchonete? Aquele barulho todo, aquelas pessoas conversando, aquelas luzes, o pequeno Salazar chegou a fazer uma careta de pavor ao se deparar com aquele mundo estranho e soltou um suspiro de assombro quando a viu... Uma menina, com vestido rodado, cabelos loiros, bochechas rosadas, de mão dada com um adulto que não perecia tão rabugento quando os daquela vila.
- Oi. – Foi instintivo. Stella estava o puxando, iria embora e não escutaria nem a sua voz? Olhou assustado para a menina, que lhe olhou e sorriu de volta.
- Olá. – Disse ela doce, passando ao lado de Salazar.
- Meu nome é Salazar! – Disse ainda segurando a mão da mãe e sendo puxada por ela, quase alcançando a porta.
- Engraçado... – Disse a menina entre risos e levando a mão na boca. – Meu nome é... – Ele não ouviu, Stella abriu a porta e levou ele pra fora. Foi tanta informação que ele não soube o que pensar. Estava na rua. Mais pessoas, não tinha neve, ele viu o chão sem ter teto em cima, ele viu um carro, podem imaginar o horror? Olhou novamente para a lanchonete, não sabia ler, mas lembrou da entrada, tinha grandes vitrines de vidro. Coitadinho do Salazar. Ele nunca passou tanto tempo com os olhos arregaldos e carinha de apavorado em toda sua vida, ele olhou tudo e viu mais algumas crianças, algumas mais velhas que ele, maiores, falantes, rindo, tinha duvidas se era como ele. Não eram. Ninguem ali era como ele. Nem viu a hora que começou a chorar, ainda prestando atenção em tudo que lhe assustava e Stella o pegou no colo, para irem mais rápido. E no colo da mãe ele foi vendo tudo que passava, aqueles carros tão rápidos, aquelas pessoas tão mais belas, aquelas crianças, aquele comercio, tudo.
Claro que essa experiência foi marcante. Ele descobriu que existia um mundo que ele não conhecia, ainda. Isso não o fez ter um espirito totalmente libertário, mas o fez querer saber mais. Ele começou a se interessar pelos assuntos de fora começou até ter vontades mais bem elaboradas, queria ir para Durmstrang. 

Rússia

Tudo começa e termina lá. Tudo bem, na verdade a causa primaria é na Inglaterra, mas a causa primaria não faz parte do ser em si e sim somente do que veio antes. Talvez eu precise explicar no futuro como Salazar Servolo surgiu, até porque a idéia de Tom ter um filho parece surreal aos fãs de Harry Potter, mas como eu não estou contando verdades, Tom teve sim um filho: Salazar Servolo.
Antes mesmo dele nascer sua mãe aparatou para um vilarejo bruxo no interior da Federação Russa, era uma vila realmente muito pobre e simples, devia possuir sete casas no máximo e absolutamente nenhum estabelecimento comercial, na verdade não podia nem se chamar de vila e sim de um pequeno gupinho de casas. A questão é que em cada casa vivia um bruxo, e cada bruxo se ocupava de tarefas diferentes e com um ajudando o outro, aquele grupinho fechado, discreto e esquecido sobrevivia no isolamento quase que total, se não fosse a fiscalização do Ministério Russo. Não que esses bruxos fossem amigos ou vivessem em paz, eles só tinham um acordo e algumas coisas fundamentais em comum.
Confesso que nunca tinha pensado no nome da mãe de Salazar, tinha a ideia que talvez outro jogador pudesse fazer isso por mim, só imaginei que ela fosse loira e bastante amargurada. Era uma mulher sem caráter, era mesmo, ela não tinha nenhuma virtude, nenhum atrativo, nada, talvez a única coisa de especial nela fosse medo, sua fraqueza e sua submissão, até porque uma mãe precisa ser assim para entregar seu filho para sacrifício quando fosse preciso, afinal, Tom não faria nada por amor. Apesar dele ter um senso de humor muito peculiar e uma risada bem engraçada quando não era assustadora, Tom não era nada amável.
E lá apareceu a mãe do Salazar (nunca pensei no nome dela e não vai ser agora que vou pensar, até porque o nome dela não interessa). Com aquele barrigão de nove meses, sem nenhuma bagagem e quase sem agasalho, num inverno cruel (sabem como é o inverno da Rússia né?) quase morrendo de hipotermia e choque térmico bateu na porta de madeira do casebre de sua irmã. Claro que ela estaria lá, onde mais ela poderia estar? E se eu não pensei no nome da mãe do Salazar, porque diabos iria pensar no nome da irmã dela? Mas talvez para melhorar na forma de escrever a história seja preciso de nomes, então vamos chamar a irmã de Savena, eu gosto desse nome, e vamos chamar a mãe de Salazar de Stella.
Savena abriu a porta, sem imaginar que poderia ser Stella, foi uma visita completamente inusitada. Savena era uma mulher mais velha que a irmã e aparentemente amargurada de mesma forma, mas era infinitamente mais forte, o que não a torna muito forte. Deixou a irmã entrar, até porque seria desumano permitir que uma gravida morresse do lado de fora de tanto frio e ofereceu a poltrona velha e surrada para Stella se sentar.
- Pensei que morreria sem lhe ver. – Comentou Savena caminhando até a lareira e com uma vara de metal alimentando o fogo.
- Digo o mesmo, mas os tempos mudaram. – Stella se sentou na poltrona e fechou os olhos sentindo o calor do fogo.
- O que houve?
- Mi Lorde morreu hoje. – Savena moveu os olhos de prata para a irmã e a encarou muito séria.
- O que está me falando?
- Ele morreu... Eu acho, tudo indica que morreu.
- Ele não era o maior bruxo das trevas de todos os tempos?
- Ainda é.
- E como o maior bruxo das trevas de todos os tempos morreria?
- Não sei, algo deu errado na casa dos Potter e ele desapareceu, ele foi até lá para matar a criança, mas o menino continua vivo. – Stella estava quieta observando a irmã, que ainda segurava a vara de ferro no fogo, mas parecia ter se esquecido de continuar mexendo, nem decidido ir se sentar também, parecia paralisada, apenas prestando atenção na história de Stella.
- E o que eu tenho com isso, por que está aqui?
- Preciso de abrigo.
- Peça ao seu marido. – Savena indicou a barrigona de Stella com o olhar, mas depois voltou a encarar a irmã nos olhos. – Ou é mãe solteira?
- Ele está morto. – Respondeu Stella e sorriu de leve, não foi um sorriso feliz nem triste, era apenas irônico.
- Isso é uma pena. – Alguém realmente acha que Savena sentiu ou demonstrou pena? Claro que não, ela estava preocupada demais para se preocupar com a viuvisse da irmã, Stella estava ali para lhe trazer problemas.
- Ele sabia que isso poderia acontecer.  A questão é que eu serei procurada pelo Ministério Britanico, eles sabem que eu era seguidora de Mi Lorde.
Savena então pela primeira vez se moveu, deixando a barra de ferro no chão e caminhando para se sentar na poltrona igualmente velha a frente da irmã.
- E quer que eu de abrigo à uma foragida?
- Não. Quero que dê abrigo à mãe do filho do maior bruxo das trevas de todos os tempos.
- HAHAHAHAHA. – Quem olhasse para Savena não imaginava que ela poderia gargalhar assim, mas Stella tinha realmente falado algo muito engraçado. – Stella, ainda delirando? – Mas Stella não riu. Continuou fitando a irmã com calmaria de sempre. – O que ele veria em você?
- Eu não questiono as ordens de meu mestre, ele apenas quis um filho meu.
- Ora, você nem é de todo puro sangue. Ele não teria nojo?
- Ele teria nojo de qualquer coisa parecida. Mas ele não se interessa no meu sangue.
- Se interessa no seu amor? HAHAHAHAHAHA – Tornou a rir achando a conversa de fato divertida agora.
- Não, ele não sabe o que é isso. Ele se interessa no menino. – Então acariciou a barriga.
- Então ele quer ser papai? HAHAHAHAHAHA.
- Não seja estúpida, como pensa essas coisas do meu mestre? Não faço idéia do que ele quer, ele só queria o menino.
- E como me prova que realmente essa criança é dele?
- Terá que esperar, até poder ver que ele também falará com cobras.
- Acha que pode me enganar com essa história Stella? – Perguntou séria, observando a irmã.
- Não, não se engana ninguém com a verdade.
- Deixarei você ficar, mas porque é minha irmã e porque precisamos de mais uma bruxa na vila. Mas não pense que sairá de graça, terá que trabalhar...
E assim as duas negociaram a estadia de Stella. Savena realmente não acreditou na história da irmã, mas ficou com uma pulga atrás da orelha, nunca tinha visto Stella falar tão sério daquela forma e a irmã nunca tinha passado tanta credibilidade ao contar uma mentira, ainda mais tão absurda como aquela, mas essa pulga atrás da orelha, Savena tiraria mais tarde.